20.4.06

E viva o livro nacional!!



A Coleção Serafina, da editora Ática, é uma série de livros infanto-juvenis que traz uma protagonista curiosa...
No livro: A Escolinha de Serafina, a protagonista depara-se com o analfabetismo adulto e tenta dar uma força esclarecedora montando uma sala de aula em sua garagem.
No outro livro da coleção: Serafina e a criança que trabalha, mostra a deprimente realidade do trabalho escravo e/ou infantil que ainda temos em nosso planeta. Neste livro há fotos da fotojornalista Iolanda Huzak, mostrando crianças trabalhando em carvoarias e fazendas produtoras de grandes empresas alimentícias, cortando cana, colhendo frutas...
Será que as fotos apenas mostram esse triste fato? talvez a fotógrafa tenha dado um jeito qualquer de nos alertar quais são essas indústrias que utilizam a mão-de-obra infantil, será que a sensibilidade da objetiva não consegue nos mostrar (por meios subjetivos) quem são alguns desses vilões (empresas que têm mão-de-obra escrava)? Vale a pena dar uma olhada nesse rico tesouro nacional e tirar suas própria conclusões, há ainda um outro livro (da mesma editora e das mesmas autoras): Trabalho infantil - O difícil sonho de ser criança

Para terminar faço a propaganda de quatro livros, leia e passe uma idéia adiante ;)

A escolinha da Serafina; Autor: Cristina Porto; editora Ática
Trabalho infantil - O difícil sonho de ser criança; Autor: Jô Azevedo, Iolanda Huzak, Cristina Porto; editora Ática
Serafina e a criança que trabalha; Autor: Jô Azevedo, Iolanda Huzak, Cristina Porto; editora Ática
Crianças de Fibra; Autor: Jô Azevedo, Iolanda Huzak; Editora Paz e Terra

8.4.06

A Flor do Deserto

Certa vez li uma matéria na revista Seleções Reader´s Digest sobre a modelo somáli: Waris Dirie (seu nome significa Flor do Deserto, nome da matéria já mencionada). Ela foi submetida, quando tinha cinco anos a uma infibulação, também chamada de excisão faraônica, considerada a pior de todas as MGF (Mutilação Genital Feminina), pois, após a amputação do clitóris e dos pequenos lábios, os grandes lábios são secionados, aproximados e suturados, sendo deixada uma minúscula abertura necessária ao escoamento da urina e da menstruação - as pernas devem ficar amarradas durante várias semanas até a total cicatrização. Assim, a vulva desaparece sendo substituída por uma dura cicatriz. Mais tarde, quando se tem o primeiro filho, essa abertura é aumentada. Algumas vezes, após cada parto, a mulher é novamente infibulada.Na matéria conta desde a sua mutilação (algo típico da cultura de seu país, porque somente assim a menina transforma-se em mulher e pode ser vendida para matrimônio - sim isso ainda ocorre em nosso séc. XXI) até quando ela conseguiu fugir para Londres (eu acho) e após algum tempo morando lá conheceu um fotógrafo e enfim tornou-se modelo, após muitas crises (e muito amparo) conseguiu fazer algumas operações e minimizou o mal que sua cultura violenta lhe fez, e após toda essa jornada ela voltou ao seu país em uma cruzada em libertação a mulher.Procurei algumas coisas na internet e a achei: Ela foi nomeada a 18 de Setembro de 1997 Embaixadora Especial para a Eliminação da MGF pelo Fundo de Populações das Nações Unidas, e no papel de Embaixadora, Dirie viaja por países africanos falando contra a prática e dando apoio aos programas que procuram erradicar a MGF. Faz, ainda, anúncios de serviço público e participa num documentário de informação sobre o tema.O trabalho de Waris Dirie é parte de uma campanha internacional para estimular a atenção e o apoio para os direitos humanos, especialmente o das mulheres de países em desenvolvimento.

Alguns links sobre tal absurdo da cultura humana:

Revista Espaço Acadêmico;
Jornalismo Porto-net;
Escravas de um rito cruel