8.4.06

A Flor do Deserto

Certa vez li uma matéria na revista Seleções Reader´s Digest sobre a modelo somáli: Waris Dirie (seu nome significa Flor do Deserto, nome da matéria já mencionada). Ela foi submetida, quando tinha cinco anos a uma infibulação, também chamada de excisão faraônica, considerada a pior de todas as MGF (Mutilação Genital Feminina), pois, após a amputação do clitóris e dos pequenos lábios, os grandes lábios são secionados, aproximados e suturados, sendo deixada uma minúscula abertura necessária ao escoamento da urina e da menstruação - as pernas devem ficar amarradas durante várias semanas até a total cicatrização. Assim, a vulva desaparece sendo substituída por uma dura cicatriz. Mais tarde, quando se tem o primeiro filho, essa abertura é aumentada. Algumas vezes, após cada parto, a mulher é novamente infibulada.Na matéria conta desde a sua mutilação (algo típico da cultura de seu país, porque somente assim a menina transforma-se em mulher e pode ser vendida para matrimônio - sim isso ainda ocorre em nosso séc. XXI) até quando ela conseguiu fugir para Londres (eu acho) e após algum tempo morando lá conheceu um fotógrafo e enfim tornou-se modelo, após muitas crises (e muito amparo) conseguiu fazer algumas operações e minimizou o mal que sua cultura violenta lhe fez, e após toda essa jornada ela voltou ao seu país em uma cruzada em libertação a mulher.Procurei algumas coisas na internet e a achei: Ela foi nomeada a 18 de Setembro de 1997 Embaixadora Especial para a Eliminação da MGF pelo Fundo de Populações das Nações Unidas, e no papel de Embaixadora, Dirie viaja por países africanos falando contra a prática e dando apoio aos programas que procuram erradicar a MGF. Faz, ainda, anúncios de serviço público e participa num documentário de informação sobre o tema.O trabalho de Waris Dirie é parte de uma campanha internacional para estimular a atenção e o apoio para os direitos humanos, especialmente o das mulheres de países em desenvolvimento.

Alguns links sobre tal absurdo da cultura humana:

Revista Espaço Acadêmico;
Jornalismo Porto-net;
Escravas de um rito cruel

3 Comments:

Blogger Eu canto no chuveiro said...

Incrível isso ainda acontecer hj em dia...

E muita coragem dessa mulher pra fazer oq faz!

2:40 PM  
Blogger Rosely Zenker said...

Nem se fala!
Cada coisa absurda, ne...
Gostaria de saber da origem dessas praticas tao violentas.
E como um cara pode gostar de transar com uma mulher toda mutilada desse jeito...

1:14 PM  
Blogger Eu canto no chuveiro said...

Caras totalmente egoístas que transam com mulheres assim... não estão nem aí para o prazer delas, só para o deles!

É muito, muito triste e chocante...

10:52 PM  

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