11.9.06

O Haiti não é aqui!!


Cada coisa que a gente lembra, em cada situação esquisita... É o seguinte, lembrei sei lá porque da música o Haiti é aqui, não é aqui, da Elza Soares (sei lá qual é o nome dessa música) e lembrei de um outro fato que aconteceu comigo e um amigo.
Esse amigo - Alexandre (capeta) - acho importante escrever que é o capeta, pois tenho um outro amigo Alexandre que chamo de Mestre, Mestre e Capeta, dois substantivos-adjetivos bem característicos, mas deixando toda a minha prolixidade por ai e voltando ao assunto.
Como dizia, esse amigo, eu e outra amiga, a Rose. Estávamos na biblioteca da USP e ele quis pegar uma porção de livros sobre magia negra, vodu, e outros afins, tinha até uma monografia sobre por que os livros de São Cipriano causam tanta curiosidade, ou algo assim. Sei que ele saiu repleto de "livros-negros e/ou obscuros".
Nota. Todos esses livros ele pegou no nome da Rose, pois nem eu nem ele estudamos na USP, portanto não temos o direito de retirar livros dali, mas a Rose pode retirar até 10 volumes de cada vez e o nosso amigo deliciou-se...
Mas o que é que o Haiti tem com tudo isso?
Calma ó impaciente leitor, eu chego lá...
Bem, os livros sobre vodu, tem a ver com magia haitiana... tá e daí?
Daí que eu dei carona até a casa do fulano-capeta e conversávamos sobre os tais livros e assuntos correlatos, paramos na frente do prédio desse meu amigo e continuamos com nossa conversa, carro desligado, som desligado, luzes desligadas e... nossos sentidos parapsíquicos ligados, de repente eu e ele calamos a boca. Havia conosco, alguém, no carro!
Olhei pelo espelhinho e nada. Virei-me e avistei uma negra de olhos arregalados e cabelos ainda mais arregalados. Eu me arregalei mais ainda e puft! nada mais vi. Apenas o assento vazio, mas a cara da fulana (talvez uma feiticeira haitiana) estava em minha mente, o tal capeta (meu amigo) disse que sentiu algo, não viu, mas ainda sentia a presença da tal feiticeira ou sei lá o que era; pensamos que talvez tivessemos carregado a energia da tal no meio daqueles livros, de repente o capeta viu a madame no mesmo lugar que eu, eu não vi mais nada, mas pra ele, assim como pra mim, ela mostrou-se apenas por instantes, ou nosso medo bloqueou qualquer outro contato...
Mas ficamos um pouco mais ali, nos acalmamos e cada um pro seu lado, ele saiu com todos os seus livros e eu tentei ligar o carro, e gira a chave, tenta dar a partida e nada, ele chamou o porteiro e mais um cara, sei lá de onde e os três empurraram o carro, após uma corridinha o motor pegou, parei e continuei a acelerar, ele (o capeta) veio até minha janela e começamos um pequeno diálogo, não lembro literalmente o que foi, mas era algo mais ou menos assim:
- É cara! A fulana levou a energia do seu carro...
- Antes a energia do carro que a minha; vai ver é o pagamento dela...
- É, se for ela fica por aqui...
- Senão ela vai contigo pra sua casa, você que tá carregando as palavras que ela usa...
- Ou ea vai contigo, você que me serviu de cavalo até aqui...

E foi assim, eu prum lado (com o carro funcionando) e ele pro outro carregando inúmeras palavras tecidas por fulanos e fulanas...

2 Comments:

Blogger Eu canto no chuveiro said...

Cruz credo!!!

12:38 AM  
Blogger Rosely Zenker said...

Cruz creeeeeeedo!!!
(o que voce quer que a gente escreva???)

12:11 PM  

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